Humor varonil
Marília Kodic
Três amigos de infância – um professor universitário, um banqueiro de jogo do bicho e um publicitário – dividem o palco para retratar as facetas do universo masculino e seus dramas existenciais, como a infidelidade e a impotência, em Três Homens Baixos.
Paródia do espetáculo Três Mulheres Altas (1994), do dramaturgo norte-americano Edward Albee, montado no Brasil em 1995 pela atriz Beatriz Segall, o texto tem direção de Jonas Bloch e atuação de Anselmo Vasconcelos, Orlando Vieira e Francisco Cuoco, que fala à CULT sobre a peça.
A história fala de três amigos de infância que se encontram periodicamente. Mantém contato com os seus?
Sim. Mas, como residem em São Paulo, as lacunas são inevitáveis. A amizade fica por conta da internet e do escasso tempo de que dispomos.
Como define seu humor? É do tipo que conta piadas?
O humor, penso, não dá para definir. É muito abrangente. Nelson Rodrigues e outros fazem velórios muito engraçados. Penso ser melhor ouvinte de piadas.
O que o faz rir?
Os políticos em muitos momentos fazem com que eu possa rir muito. Brasília, prefeitos, vereadores, deputados, Lula, Sarney. No horário eleitoral, fico triste, vou às lagrimas, lamento pelo povo brasileiro. Todos os anos a mesma ladainha. Somos todos tributados, sofredores, e nada muda. É triste a pobreza extrema. Mas vamos à alegria do futebol, e do carnaval. Três Homens Baixos nos deixa alegres pelo menos por 1 hora e meia.
Onde: Teatro Jaraguá – R. Martins Fontes, 71, São Paulo (SP)
Quando: 5/11 a 18/12
Quanto: R$ 25 a 60
Info.: www.teatrojaragua.com.br