Estante CULT: Lucio Costa, Jorge Amado, Gianni Rodari
O arquiteto Lucio Costa, figura-chave da cultura brasileira do século 20 (Divulgação)
FUNDAMENTALMENTE MODERNO
Morto há vinte anos, o arquiteto Lucio Costa nasceu em Toulon, na França, em 27 de fevereiro de 1902, em razão de, à época, seu pai, o engenheiro naval Joaquim Ribeiro da Costa, ter se mudado com toda a família para a Europa por circunstâncias profissionais. Dividindo-se na infância e na adolescência entre o Brasil, a Inglaterra e a Suíça, Lucio matricula-se aos quinze anos na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, vindo a estagiar nos escritórios de arquitetura de Raphael Rebecchi e Heitor de Mello. Após o início profissional marcado pelos estilos eclético e neocolonial, ele faz uma viagem à cidade mineira de Diamantina onde entra em contato com a arquitetura colonial do país, que irá marcar toda sua trajetória. Figura-chave da cultura brasileira do século 20, Lúcio Costa publicou em 1995 a autobiografia Registro de uma vivência, formada por textos críticos e memorialísticos, planos, projetos, fotografias e desenhos especialmente escolhidos e compostos pelo autor. Eis que o livro – um primoroso lavor, como bem diz Homero na Odisseia – ganha agora uma nova edição, que não só respeita integralmente o projeto gráfico original como também acrescenta a ela uma apresentação de Maria Elisa Costa, filha de Lucio, um índice onomástico e um ensaio da professora Sophia da Silva Telles, que escrutina o sentido da obra de um dos mais importantes homens públicos da vida social brasileira.
Lucio Costa teve atuação decisiva na grande transformação cultural sofrida pelo país a partir da Semana
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