Dueto colorido
Seis gatos tridimensionais e 15 pinturas ultracoloridas em canvas e madeira tomam o porão e o andar térreo da galeria Choque Cultural em dezembro.
Quem assina as obras é o par Chivitz e Camila Minhau – ele, responsável pelas pinturas, feitas em grande escala com pintura automotiva mesclada a técnicas de grafite; ela, criadora das esculturas felinas cobertas com fibra de vidro, pintadas com spray e finalizadas com verniz. Todas as obras são inéditas. A seguir, os dois falam sobre a admiração de um pelo outro. (Marília Kodic)
Onde: Galeria Choque Cultural – R. João Moura, 997, São Paulo (SP)
Quando: 3 a 23/12
Quanto: gratuito
Info.: (11) 3061-4051, www.choquecultural.com.br
MINHAU SOBRE CHIVITZ
Maior qualidade como artista:
Talento. A maneira como ele consegue transformar suas ideias criativas para o desenho com originalidade e estilo. Satirizar sem ser agressivo.
Primeira vez que fizeram grafite juntos:
Ele me incentivou muito. Para mim foi entusiástico, divertido, novo e viciante.
Influência sobre o trabalho:
Estou sempre aprendendo com ele. Gosto da sua sugestão e gostamos de trocar opiniões quando estamos criando ou produzindo algo. Rolam estímulo e inspiração.
Sobre as obras expostas na exposição:
Uma “mixtura” com prudência. Um efeito de misturar e combinar várias coisas do seu subconsciente com naturalidade. Fino acabamento. Maduro.
Uma das seis esculturas felinas de Minhau expostas na galeria/Divulgação
CHIVITZ SOBRE MINHAU
Maior qualidade como artista:
Dedicação e perfeccionismo.
Primeira vez que fizeram grafite juntos:
Eu já tinha visto umas pinturas em jornais que ela colava na rua, depois conheci a Camila e entendi melhor seu trabalho. Ela já tinha estilo e talento para pintar, só bastou incentivar com latas de spray. Enfim, foi divertido, e continua assim até hoje.
Influência sobre o trabalho:
Quando vejo a Camila se dedicando ao máximo em pequenos detalhes ou acabamentos perfeitos, penso que esse é o apoio de que eu gosto, a superação!
Sobre as obras expostas na exposição:
Como artista, diria que são surpreendentes o design e o acabamento, e, como marido, diria que é um orgulho, pois sei o quanto ela se dedicou para aprender a viabilizar o que pinta nas ruas de forma tridimensional e sofisticada.
