Dossiê | Refletir e resistir

Dossiê | Refletir e resistir
Participante da parada LGBT de São Paulo, em 2019 (Foto: Rone Ferreira/ Pexels)
  Desde 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID), comemoramos nessa data o Dia Mundial de Combate à Homo-lesbo-transfobia. Adoraríamos ter chegado a maio de 2021 festejando conquistas para a comunidade LGBTI+ no Brasil, mas, infelizmente, mesmo após mais de 30 anos, o quadro é dramático. As poucas políticas públicas da época ou que estavam em desenvolvimento foram excluídas ou deixadas de escanteio. As violências, de vários tipos, ampliaram-se de forma assustadora nos últimos anos, em especial depois de 2018. Este dossiê traz dados e reflexões sobre o aumento das violências contra as pessoas LGBTI+, que se tornaram ainda mais graves com a pandemia da Covid-19. Como explicar esse quadro dramático?   Sonia Corrêa nos ajuda a responder a essa pergunta ao explicar como as políticas antigênero emergiram no interior da Igreja católica e se espalharam como fogo de pólvora por boa parte do mundo. Ela também explica a curiosa vinculação, feita pelos conservadores, dessas políticas com o marxismo. Os três textos seguintes dão concretude aos efeitos dessas políticas antigênero. Megg Rayara Gomes de Oliveira evidencia como essas políticas impactam de forma mais intensa as pessoas travestis e transexuais negras – algo nem sempre revelado pelos dados disponíveis sobre essas questões. Viviane Vergueiro e Bruna Benevides tratam de como essas violências se ampliaram ainda mais em função da pandemia e convocam a sociedade a auxiliar na qualificaç

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