Divagações
Annita Costa Malufe
Há alguns poetas que entram para a história mais pelo que escreveram sobre poesia do que pelos poemas em si. Esse talvez seja o caso do francês Stéphane Mallarmé (1842-1898), que se tornou ícone da poesia moderna em grande medida por aquilo que seus ensaios problematizaram sobre a poesia ao longo do século 20. Pode-se dizer assim que, por trás do nome Mallarmé, estão especialmente duas obras: por um lado, seu emblemático “Un Coup de Dés” (sozinho, no horizonte dos poemas) e, por outro, os textos em prosa reunidos em Divagações.
Originalmente publicado em 1897, pouco antes da morte do poeta, o livro reúne textos escritos ao longo de mais de 30 anos, compondo o testemunho poético de uma vida – que acabou sendo, por fim, de toda uma tradição poética. Tem-se aqui, por exemplo, “Crise de Verso”, um dos ensaios centrais para a modernidade em poesia. Esta edição é, portanto, de importância inegável para os estudos literários e é fruto de um minucioso trabalho de tradução, haja vista a extrema dificuldade da prosa de Mallarmé, que questiona e experimenta a todo instante a sintaxe, a pontuação e o ritmo, resultando frequentemente em textos de difícil legibilidade (que dirá de traduzibilidade).
Divagações
Stéphane Mallarmé
Trad.: Fernando Scheibe
Editora da UFSC
270 págs. – R$ 41
(1) Comentário
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caro Reginaldus , immagino che il tuo commento sia ironico e dovresti prrptcuoaeci perchè riesci a dire qualcosa di serio solo scherzando. Concordo con la tua proposta , che tuttavia è prematura. In prospettiva però è ragionevole porsi il problema di nuovi meccanismi di elezione del Papa e di porre un limite ai suoi poteri e alla durata del suo servizio.