Em defesa da cidadania e da dignidade trans

Em defesa da cidadania e da dignidade trans
Da esquerda para a direita, Ariadne Ribeiro, Renée Cessel, Sofia Favero e Jean Wyllys (Foto: Fernanda Baldo/Sesc)
  Um espaço de ebulição intelectual e afetiva com a participação massiva de pessoas trans e tendo a transexualidade no eixo do debate. Essa foi a tônica do Seminário Identidades Trans e Travestis: Cidadania, Memória e Coletividade, que aconteceu nos dias 7, 8 e 9 de novembro passado, no Sesc Pompeia, em uma parceria da Cult com o Sesc São Paulo. Entre os mais de 40 participantes (a maioria, pessoas trans) de diferentes mesas – que abordaram desde a subjetividade trans até a questão da cisgeneridade, passando pelo diálogo sobre a transição, as existências trans e travestis fora dos centros urbanos e sua presença na sociedade brasileira –, muitos ressaltaram o aspecto histórico desse encontro inédito. “É um evento de relevância por sua historicidade, mas também por refundar um processo, ampliar a voz de quem tem voz, mas não é ouvida”, afirma Neon Cunha, ativista há mais de 40 anos da causa LGBTI+ e que participou da mesa de abertura do seminário. “No meu caso, que tenho um compromisso com uma mudança efetiva, me emociona ver toda essa nova geração, essas girinas de sereias desenvolvendo suas escamas, eu que nunca tive essa oportunidade, mas sonhei com esse dia. É um processo de validação dos meus sonhos”, complementa. Neon Cunha também participou da roda de conversa “Boteco transcestral”, mediada pelo jornalista Pedro Bial, que reuniu ainda Gretta Starr e Marcinha do Corintho, duas travestis emblemáticas da noite paulistana. Ao rememorarem seus processos de transição e de afirmação em um Brasil ainda verminad

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