Brasília urgente

Brasília urgente
Faroeste Cabloco, de René Sampaio, 2013 (Foto Hugo Santarém / Divulgação)
  Na geração de músicos nascida sob o impacto do período desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, dois nomes brilharam intensamente, se foram de maneira precoce e deixaram um legado – mais do que musical, comportamental – inspirador para gerações de admiradores, entre as quais a dos que ainda eram crianças quando eles morreram: Agenor Miranda Araújo Neto, o Cazuza (1958-1990), e Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo (1960-1996). Ao primeiro, o cinema brasileiro já rendeu seu tributo com uma espécie de “biografia oficial”, o longa-metragem Cazuza – O tempo não para (2004), dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho com base no livro escrito pela mãe do cantor e compositor, Lúcia Araújo. Estrelado pelo então desconhecido Daniel de Oliveira, o filme atraiu mais de 3 milhões de espectadores em sua estreia nos cinemas e ampliou muito esse público na TV e em DVD. Agora, é a vez de Renato – e em dose dupla. No início de maio, estreia Somos tão jovens, dirigido por Antonio Carlos da Fontoura (A rainha diaba, Espelho de carne, Gatão de meia idade). No fim do mês, entrará em cartaz Faroeste caboclo, dirigido por René Sampaio (que estreia no longa-metragem). A proximidade entre as datas de lançamento deve ajudar aos dois filmes, criando na mídia uma “onda” que os apresentará a um público mais abrangente do que apenas os fãs. Ao fazer a crônica do período de formação do cantor e compositor, Somos tão jovens recria também o cenário pop de Brasília nos anos 1970 e 1980. Nascido no Rio de Janeiro, Renato se mudou com

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