Belo Monte, triste lobby
Tema recorrente após a recente divulgação do vídeo Movimento Gota d’Água, em que atores globais como Marcos Palmeira, Juliana Paes e Maitê Proença se unem contra sua construção, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará, tem suscitado debates acerca de sua eficácia.
A seguir, o ex-coordenador da área de florestas do Greenpeace na América Latina e professor do Departamento de História da UFRJ José Augusto Pádua comenta o assunto: “Existe um lobby poderoso de empresas que ampliam seu capital com base em obras públicas e semipúblicas. A pressão imediatista dessas empresas gera uma cadeia de interesses que distorce o debate político”.
CULT – Os ganhos econômicos e energéticos da construção de Belo Monte compensam seus custos antropológicos e ambientais?
José Augusto Pádua – Não. Ser contra Belo Monte não significa ser contra a hidreletricidade. Mas cada projeto deve ser discutido de forma transparente, lúcida e minuciosa. O projeto, apesar de caríssimo, apresenta uma quantidade grande de problemas e dúvidas.
Não apenas graves problemas ambientais e antropológicos, mas também econômicos: custos reais da construção, quantidade real de energia gerada, preço real da energia a ser vendida etc.
Tudo isso teria de ser examinado com muito mais cuidado. A pressa constitui um caso exemplar de algo que precisa ser enfrentado pela democracia brasileira: a força do que já foi chamado de “capital empreiteiro”.
Existe um lobby poderoso de empresas, muitas das quais herdeiras das obras faraônicas do período ditatorial, que ampliam seu capital com base em obras públicas e semipúblicas. A pressão imediatista dessas empresas gera uma cadeia de interesses que distorce o debate político sobre as melhores opções para o manejo inteligente e integrado do território brasileiro.
Quais as alternativas para solucionar o problema de falta de energia que Belo Monte supostamente resolveria?
Há várias opções dentro de um planejamento energético amplo e cuidadoso. De imediato, existe a opção da repotencialização das máquinas e equipamentos das atuais usinas e da recuperação dos sistemas de transmissão hoje existentes.
Na época da construção de Itaipu, houve protestos similares aos que vemos hoje. É possível compará-los?
Essa comparação revela o valor da democracia. No período ditatorial, o debate foi bem mais restrito. Isso permitiu a concretização de desastres, como a destruição de Sete Quedas e o absurdo cálculo de custo-benefício da hidrelétrica de Balbina, no Amazonas. Os projetos atuais de hidreletricidade, por exemplo, são menos danosos do que foram no passado, e a pressão social foi fundamental para promover esses avanços técnicos.
A imposição de projetos como Belo Monte, cujo processo de licenciamento apresenta claras lacunas e distorções, caminha na contramão da transição histórica para modelos mais sustentáveis de desenvolvimento.
JOSÉ AUGUSTO PÁDUA INDICA
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A Eternidade e o Desejo (Objetiva), de Inês Pedrosa, e Par-delà Nature et Culture (Gallimard), de Philippe Descola
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(57) Comentários
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Bem, eu não perguntaria à meninada ‘internacional’ gringa do Greenpeace, que quer o Brasil como reserva natural, tendo eu e vc como aborígenes! Eu posso até entender o ponto de vista deles. Mas eles poderiam ir é restaurar a natureza nos riquíssimos Estados Unidos e Europa. Já existe tecnologia pra isso. Com a China, que extingue 20 lagos por ano (sic) ninguém se mete.
É fácil criticar a construção das hidrelétricas no ar-condicionado em seu escritório na beira da praia, quero ver é viver a situação do local. Esse projeto vai beneficiar toda a região do PA, é desenvolvimento, parem de ser eco-chatos e deixem a prosperidade que vive a região de vcs chegue aqui tambem.
Professor de História??? Qual a capacidade técnica a respeito de obras de infraestrutura tem este senhor, para opinar sobre este assunto??? Mais um palpiteiro de plantão. Se quer dar palpites de qual matriz energética é melhor, devia se matricular em qualquer curso de engenharia (área a fim), para então ter mais propriedade ao dar opinião de assunto ao qual não tem domínio.
Não sou historiador, felizmente não passo pela vergonha de como historiador questionar alternativas técnicas com propostas vãs como
” . De imediato, existe a opção da repotencialização das máquinas e equipamentos das atuais usinas e da recuperação dos sistemas de transmissão hoje existentes.” Repontencializar equipamentos e linhas de transmissão?? O problema do Brasil é justamente o longo caminho das linhas de transmissão e a falta de produção local. Os critérios técnicos para produzir água no deserto são diferentes de fazê-lo em um lago. Em relação a eletricidade é idêntico o problema. A carência local é tal e as linhas estão tão sobrecarregadas que se torna estratégica a construção de Belo Monte. OU acordem e coloquem umas vinte termonucleares na amazônia que tem impacto ambiental pequeno, eficácia inigualável mas custo alto.Queiram ou não,vão usar energia nuclear no futuro….
Mas não sou um emérito historiador…só um simples doutor em ciências.
Eu não sei,construir uma usina no meio da floresta parece que vamos gastar muito com a transmissão dessa energia para os mercados consumidores.Aqui no sul do Brasil,várias cidades sofrem com enchentes quase todos os anos,exemplo :vale do Itajai(Blumenau e região),não seria viavel construir pequenas hidroeletricas nesses rios da região e assim forma um volume grande de geração de energia.Aqui onde moro,Tubarão,também tem um rio que pode ser melhor aproveitado.Assim é várias cidades do sul e sudeste.E isso cumpliria duas missões,geração de energia e prevenir cheias.
André Ferreira, em sua opinião só engenheiros ou profissionais afins podem se envolver no assunto ? Qual foi o argumento do entrevistado que você achou equivocado? A meu ver ele foi bastatnte realista e sensato.
Uma obra dessa não requer só engenheiros, uma análise correta da matriz energética nacional e da obra de belo monte em sí necessita de Biólogos, cientistas sociais, geógrafos e outros profissionais. Falar como a mulecada da engenharia do youtube que hidrelétrica é energia limpa porque entra água de um lado e sai água de outro lado é uma análise mais do que crua: é burra.
Realmente, criticar a construção dizendo que não há necessidade, estando em seus confortáveis e climatizados ambientes, com muita tecnologia e eletricidade, é muito fácil. Quero é estando na pele do povo necessitado, que não tem luz elétrica, nem sequer tecnologia, se iriam ser contra. Enquanto os EUA crescem e não ligam a minima para o meio ambiente, o Brasil ainda conserva muitas reservas ambientais, mas também não podemos voltar a viver como na pré-história, necessitamos crescer, melhorar, expandir, como todo ser humano quer, e hoje quase nada se faz sem eletricidade.
A prosperidade local e nacional que alguns citam nestes comentários é no mínimo questionável. Aos que se interessarem em aprofundar e ver a realidade futura da obra, assista no Youtube o vídeo: Tucuruí – A Saga de um Povo, no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=NSm8J3CUsOU.
Quero ver o Greenpeace brigar contr a destruição das matas européias e norte americanas. não vi ninguém gritar contra a construção da “Palm Islands”, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Quem regula o mercado é o consumidor. Sem demanda não há produção.
As empreiteiras somente estão antecipando-se à ampliação do consumido energético de uma potência emergente.
Democracia não resolve. A verdadeira revolução, se acontecer, virá de mudança comportamental de cada indivíduo.
As ações individuais (e universais, pois não basta que isso aconteça somente no Brasil) são as seguintes:
-Abandonar o uso de transporte particular. Sobrecarregar os meios de transportes coletivos, tais como ônibus, metrô e trem, até que os donos dessas empresas perceberem que investir nessas áreas trará retorno garantido.
-Andar de bicleta;
-Não comprar imóveis novos que usam madeiramento na obra ou na estrutura;
-Dar preferência à imóveis inteligentes, capazes de capturar recursos naturais como água, energia solar de aquecimento, etc.
-Não comprar móveis de madeira.
-Usar somente um televisor em cada casa;
– Tomar banho de 8 minutos;
– Usar produtos biodegradáveis para não poluir rios e mares;
-Racionar o uso de computadores e celulares;
-Comprar eletrodomésticos de baixo consumo;
-Ser vegetariano misto com peíxivoro; cada boi precisa de pasto e muita água para engordar. Pastos são obtidos de desmatamento.
Não adianta ser ecologista e usar ar condicionado para combater o efeito estufa.
-Planejar família de três entes, etc, etc.
Há inúmeras publicações para salvar o planeta, à partir do comportamento indivudual.
– Quem está preparado para seguir essas cartilhas?
eco-chatos? e ó o outro querendo comparar com os lagos da China! Vamo acorda! Egoístas hipócritas, vcs são iguais aos políticos desse país.
Espero que não tenham filhos, pq se tiverem… os netos provavelmente viverão na terra de Mad Max.
Parafraseando o entrevistado: existe um lobby poderoso formado pelo Ministério Público Federal, ONG’s e ambientalistas, que ampliam seu capital e seu poder com base em embargos e tentativas de embargos de obras públicas e semipúblicas. A pressão imediatista desse lobby gera uma cadeia de interesses que distorce o debate político e técnico a respeito do tema Belo Monte.
O problema é a economia que precisa crescer exponencialmente sem fim, e pra crescer precisa de energia.. Se estudarem profundamente o assunto que está em volto, verão que trabalhadores (população), pequenos e médios empresários (cativos) pagam uma quantia as vezes 1000% a mais que as grandes indústrias que tem subsídios (será que tem interesses…). A energia virou uma mercadoria e acaba não sendo para o bem estar da população, e sim para o bem estar de poucos.
Se constroem apenas uma Usina hidrelétrica há impactos permanentes, não adianta dizerem que não, apenas há modos de mitigar esses impactos, mas tão logo precisaremos de novas Usinas Nucleares, termelétricas, eólicas entre outras.. Enquanto não existir algo realmente inovador nesta questão haverá colapso econômico e energético algum dia, não haverá rios sem hidrelétricas. Infelizmente ditam as regras e empurram a opinião pública a aceitar tal empreendimento, algo que trás benefícios a poucos. O PIB precisa aumentar, aumentar sempre.
Só existe democracia quando os projetos são favoráveis aos Estados Unidos. Quando se trata de desenvolvimento de uma região mais pobre eles são ambientalistas ferrenhos. Defendem indios, mas não o fizeram no próprio território. Agora postam-se de salvadores do planeta, apesar de terem detonado 880 ogivas nucleares desde 1942. Qualquer organizaçaõ estrangeira deve ser vista a priori como instrumento de força americana disfarçada. O debate para eles só é aceitável se for do jeito deles e deixar a coisa como está e a pobreza reinante nos rincões desse país.
Concordo plenamente com as argumentações do historiador José Augusto Pádua, democracia nas licitações e projetos, pois devemos enquadrar na lei do Estado Democrático os lobbys de impreiteiras que vêm mamando na viúva desde os tempos da ditadura militar.
Senhores, boa noite.
Quem trabalha contra a USINA BELO MONTE não pertence ao planeta terra.
Conversas “pifias” a parte, qualquer comentário negativo, imponho esta questão: ME FORNECEÇA ENERGIA SEM MALABARISMOS. ME FORNEÇA ENERGIA SEM PSICODELISMOS E….. NÃO VENHAM COM ESSA DE “DANAR O MEIO AMBIENTE.
ITAIPU FOI TÃO, TÃO (e ainda falam mal) MAL FALADA QUE HOJE É …… ALGUÉM TEM LEMBRANÇAS DE ITAIPU??
SO FALATÓRIO
QUE VENHA BELO MONTE E QUE NÃO TENHAMOS FALTA DE ENERGIA EM NOSSOS HOSPITAIS SALVANDO VIDAS, EM CRECHES QUE A CRIANÇADA SE DIVIRTA, NOS PRÉDIOS UTILIZANDO OS ELEVADORES E…….
BASTA DE HIPOCRISIAS E FALATÓRIOS.
Só faltou a reportagem falar do loby “esquerdista” que sempre vai contra a lógica e agora esta indo contra as leis da física. Me desculpe, mas um historiado da UFRJ não tem competência técnica para falar sobre eficiência energética e geração de energia. Como Eng Mecânico e Civil, digo que não existe outra formar de gerar energia elétrica em quantidade com menor custo e impacto ambiental que a hidroelétrica. Essa alternativa que o historiador falou, só mostra como é a ignorância desse historiador em relação a geração de energia. E digo que a única solução que a humanidade tem para uma geração de energia com baixo impacto ambiental possível é a utilização de todo nosso potencial hidrelétrico desde pequenas quedas ate as grandes quedas de água, e mesmo assim não vai ser suficiente para nossa demanda e no futuro vamos ter que partir para outras, como nuclear eólica e solar, lembrando que essas citadas têm um impacto e custo bem cima da hidrelétrica. Não adianta ir contra a física e a lógica. É só colocar calcular.
Agora a única coisa que vocês poderiam estar discutindo é o valor da indenização para as comunidades afetadas. Hoje no mundo temos 7 bilhões de pessoas, temos que pensar em todos não só apenas em 15 20 mil, só para evitar problemas antropológicos de 15 20 mil pessoas e geram um problema antropológicos para 7 bilhões, acho que esses “grandes problemas antropológicos para essas comunidades” não são nada perto de problemas antropológicos para toda a humanidade, concordar?! ou será que você esta apenas fazendo loby político? a natureza não perdoa.
Pena que mais uma vez os grandes interessados em $ vençam a razão.Tanto se fala em preservação e nada é feito é uma pena.
O título da matéria está apropriado, afinal, o Greenpeace é mesmo uma empresa de nível mundial, interessada em impedir o desenvolvimento dos países que ameaçam o predomínio econômico europeu. Ou será que isso não é verdade? Muita gente dos holofotes abraça causas politicamente corretas, mesmo que absolutamente falsas em termos técnicos. Foi assim com os transgênicos, por exemplo, quando as mesmas ONG internacionais pressionaram o governo brasileiro para suspender as pesquisas com organismos geneticamente modificados. Ainda bem que não conseguiram, senão hoje haveria menos comida no mundo. Esse pessoal não tem compromisso com o bem estar da população e só se interessa em projetar-se politicamente.
Como disse o André Siqueira, qual a capacidade técnica do cidadão para discutir o assunto? Entrevista inócua, sem nenhuma profundidade, sem fatos, sem argumentos, sem dados, puro achômetro que nada acrescenta ao debate.
E na boa, o que se pode esperar de um professor de História que nem da sua matéria entende, pois se apega a argumentos ultrapassados como “empresas que ampliam o seu capital”, como se ainda vivêssemos na década de 60, debatendo socialismo x capitalismo?
Estamos diante de uma situação muito complicada e que deveria tbm estar em debate no senado…..estou falando do codigo Florestal a tantos meses em discusão, por que discutir o novo e o velho codigo se estamos falando em destruir milhões de kilometros de reservas naturais, será que o problema é o msm a energia ou será que estamos discutindo interesses pessoais de muitos politicos do nosso pais, começa um novo leilão da politica ” quem da mais ” ? quem sabe daqui alguns anos teremos um novo blecaute de energia , melhor correr os europeus a copa do mundo e americanos estão chegando o que falariam de nos brasileiros lá fora , ridiciulo mais uma vez estamos passando por idiotas, por que não se manifestar sobre estes fatos mas não o brasileiro senta e espera tudo de camarato garanto se fosse mais uma parada na Av Paulista milhões estariam bebendo e se drogando é mais divertido , Abra os olhos temos que brigar por isso o ” GRINGOS ” estão invadndo nosso pais pois o EUA e A EUROPA estão ruins das pernas!!!!!!!
Fora que so no mes passado foi devastada 10 usinas de Belo Monte na regiao amazonica sem que fosse feito nenhum estudo de impacto ambiental, sem repor flora e fauna e esses mesmos eco-chatos e o pessoalzinho de rede globo sem falar absolutamente nada….vcs nao acham estranho???
Gostaria muito que os jovens, fossem buscar uma matéria que diz muito a este respeito, depois pode discutir este assunto com mais conhecimento, procure um projeto chamado Hudson, ai você poderá dizer e pensar A Amazonas e Brasileira? Você vera o outro lado da moeda. Boa pesquisa meus jovens, alerta do Matusalém
Será que o Professor de Historia esteve no norte do país para ver as dificuldades que vivemos por aqui por falta de investimentos em infraestrutura? Este Senhor acha que estamos condenados a viver neste atraso para o resto dos dias!!!!!!Porque o Senhor não se empenha em combater o efeito estufa causado pelos Estados Unidos e tantos outros países?
Mais um comunista tentando por a culpa na “elite” e ao mesmo tempo parasitando no universo da mesma. O risco de um investidor numa obra dessas ninguém calcula, muito conveniente, como sempre. Se um desses tivesse dinheiro, ou melhor, tivesse a chance de ter dinheiro uma vez na vida, correria para a praia, jamais construiria, empregaria ou dividiria ganhos com ninguém. Graças a Deus são pobres senão o mundo morreria de fome.
Alguem disse que, mesmo com as hidreletricas no futuro será preciso investir em energia nuclear (e as usinas que ja existem???? em que “pé” estão????) solar e eólica….O argumento contra as duas ultmas – são muito caras….
A pergunta que não quer calar é: quando será esse futuro??????quando acabar a roubalheria dos políticos???xxxxiiiiiiiii entao vai demorar MUITO.Porque dinheiro é certo que teria…mas …com os desvios….. Outro ponto: o que nos interessa as besteiras que fazem nos EUA ou na China ou seja lá onde for…….?????????????????
Disse o historiador: “Tudo isso teria de ser examinado com muito mais cuidado. A pressa constitui um caso exemplar de algo que precisa ser enfrentado pela democracia brasileira…”
Agora pergunto eu: há quanto tempo Belo Monte está no papel, sendo discutida? Como falar em pressa num projeto que tem trocentos anos de idade? Como um historiador levanta uma questão dessas, que é simplesmente uma questão de contar, como fazem as crianças… 1, 2, 3, 4. Será que não sabe há quanto tempo essa usina é discutida? Fala sério!
De repente, quando se torna realidade, vem um tal Cameron, cineasta estrangeiro(!!!) dar palpite no assunto. Trouxe Bill Clinton junto (grande técnico no assunto). Num instante estrangeiros se interessaram pela sorte de índios no interior da Amazônia. Fiquei emocionado com toda essa atenção!
Esses dias fiquei sabendo que serão perdidos 250km2 de matas (10km por 25km) e isto seria justificativa para a não construção! Nesses 250km estão incluídos o atual leito do rio, que já não é mata, faz tempo.
Agora, me aparece mais um, dizendo que deveríamos continuar discutindo esse assunto.
Tenho uma proposta: quem for contra a contrução de Belo Monte que desligue seu ar-condicionado. Se essa gente for em grande número, vai haver uma queda no consumo de energia que inviabilizará o aumento da capacidade de geração. Combinados?
Como alternativa também podemos encomentar algumas usinas atômicas, que estão em liquidação de “arrasar quarteirão” (essa foi de mal-gosto proposital), e teremos energia “limpa”, com geração “apenas” de vapor.
Boas Festas…
acho que este artistas são um bando de ipocxritas, pois em seusa residencias tem Tv. Geladeira.ArCondionada etc, etc e etc e tudo isso e movido a energia eletrica. porquwe não mostram a solução ao inves de denegrir.
honestamente falando é um absurdo as contradições do PT (no poder)se fosse outro partido,com certeza ele seria totalmente contra e faria o maior barulho que se possa imaginar,essa obra é,desde o inicio, um palanque eleitoreiro desse irrespponsável partido,se olharmos o que fez de bom para o paíz e seus cidadãos e o que fez de danoso,claramente se verifica que os danos causados através de várias atitudes politicas nefastas ao brasil foram infinitamente maiores,ou seja,ao longo destes 9 anos no comando não temos nada a comemorar de bom feito pelo Pt através de seus responsáveis,uma lástima,e pensar que o predador maior quer voltar aí sim estaremos no fundo do posso da irresponsabilidade
jonas comcordo com você em nº gen e grau,eu só como carne aos domingos e assim mesmo de vez em quando,tomo banho em 4 minutos,etc,etc,etc,estou lendo os comentários e garanto que nenhum dos,faz isso,me parece serem petistas,porque estes se julgam os donos da verdade,o tal prof. pode não entender nada de energia e vocês?entendem?eu entendo através do que li a respeito e li muitas matérias em que o autor explicava,detalhadamente os prós e contras,e davam soluções mais ecologicamente corretas de se gerar energia,em outros rios(o brasil é pródigo em vias fluviais),por isso entendo que não é o caso de não se construirem hidroelétricas mas sim de as construir em locais mais apropriados só isso….
Ainda bem que respostas à altura foram dadas a este cidadão COMPLETAMENTE INCAPAZ de dar posição coerente sobre o assunto.Como um historiador se atreve a falar sobre reformulação de equipamentos sem nem entender do que se trata, o que fica comprovado em suas palavras?
Por um momento, eu temi que os comentários fossem, na maioria, de pessoas iludidas com esses psicodélicos alienados a serviço, de forma consciente ou não, de interesses escusos estrangeiros, corroborados por ONGs intrusas que deveriam ser expulsas do território brasileiro.
Alguém precisa avisar a este comunista que não estamos mais na década de 60, e também que ele não tem competência para opinar sobre Belo Monte.
Não sou anti-comunista e nem anti-esquerda, mas este diálogo dicotomista é completamente sem sentido, BURRO. Não tem essa de debater sobre empresas querendo aumentar capital… em que século este cidadão vive?
Alex Silva, desenvolvimento a qualquer custo é a maior burrice que um país pode cometer. Não é apenas uma hidreledrica que trará desenvolvimento para o Pará. Ai tem grandes reservas minerais, e daí são exportadas toneladas de matéria-prima. Falta um planejamento concreto para o desenvolvimento dessa região, não é a Usina de Belo Monte que fará isso!
Quem distorce o debate são os ecopilantras. Historiador dando pitaco em usina? Fala sério!
Raul Santiago ROsa disse “Belo monte em sí necessita de Biólogos, cientistas sociais, geógrafos e outros profissionais.” Eu desafio qualquer outro profissional para provar e mostrar uma outra forma de gerar energia com menor impacto ambiental, social e custo que que uma hidrelétrica, A vantagem de uma usina hidrelétrica é tão grande que chega a ser absurda esse tipo de discutição. Se os ignorantes insistem nisso, peço que pesquisem e constatem por si mesmo qual é o custo financeiro, social e ambiental na geração de 1 watt/hora de todas as formas de gerar energia eletrica, vocês vão ver como é absurdo o que vocês falam, mesmo que belo monte seja 3 vezes mais caro que os pessimistas dizem “30 bilhoes” ela ainda é bem vantajosa, e só para lembrar que no projeto saiu por 19 bilhões
Lógico que existe um impacto ambiental, mas é ínfimo comparado com qualquer outro forma de geração de energia.
Agora se você é contra a energia elétrica daí é outra historia.
O que pode e deve ser discutido é a indenização para a comunidade local, orçamentos, meios de diminuição do impacto ambiental, social e afins, agora ir contra a natureza “física” dizer que hidrelétrica é uma coisa ruim, isso sim é burrice.
Obs: não se constrói muitas usinas hidrelétricas nos EUA Canadá e Europa, pq eles já estão usando todo seu potencial hidrelétrico, é o que nós devemos fazer também para o bem de todos na terra, para o bem do greenpeace, dos eua, chines, seu, meu de todos. Na Europa após utilizar todos seu potencial hidrelétrico, passou a utilizar outro meios menos eficientes como eólico, o que é um bom meio de se gerar eletricidade, mesmo assim o impacto ambiental é tão grande da eólica que alguns países só se pode construir um cata-vento no oceano, agora calculem qual é a área que se precisa para gerar a mesma energia elétrica de Belo monte se fosse em eólica ? já fizeram essa conta? Ou solar? solar é muito mais
Raul disse tbem “mulecada da engenharia do youtube que hidrelétrica é energia limpa porque entra água de um lado e sai água de outro lado é uma análise mais do que crua: é burra.”
E se gerássemos através de energia nuclear? Você sabem qual é o impacto ambiental de uma usina nuclear? Alem do risco. Bem para quem não sabe uma usina nuclear é uma termoelétrica, e produz água quente, muita água quente, isso tem um impacto enorme no ambiente.
E a hidrelétrica, tem um impacto local, principalmente com a represa, mas lembrando que na natureza o curso de rio muda constantemente, a natureza leva um tempo mais se adapta a essa modificação, e quem conhecer Itaipu e outras, sabe que existem programa para diminuição dos impactos ambientas e são permanentes “financiados pela geração de energia”
Digo mais o único órgão que fiscaliza o rio Iguaçu é a COPEL financiado pela geração de energia, “lembrando que a Itaipu fica no rio Paraná” mas o rio Iguaçu tem 5 hidrelétrica de grande porte e grande atividade agrícola. E os maus agricultores despejam veneno no rio, de forma ilegal, levando a morte de boa parte dos peixes, e quem fiscaliza? COPEL quem produz e solta mais alevinos no rio? COPEL quem cuida do rio? copel e mesmo assim nao é facil
Senhores, é um absurdo discutir sobre as vantagens de uma usina hidrelétrica, pois ela esta muito acima de qualquer outra opção, discutam o que é realmente importante! Quanto vai custar, quem vai construir, como vão ser os programas de diminuição de impactos sociais, ambientas…
Morando em Altamira fico feliz com a cosntruçao da Usina pois trara desenvolvimento a nossa regiao e consequentemente levara energia a td o brasil,ambientalistas de plantao em suas casas com td d bom e moderno que existe em tecnologia, carros importados, ferias em Miami e na Europa, td patrocinado por ONGS para trabalha contra nossa naçao, o correto e que o governo aja com programas para documentaçao das terras, para que atraves disto tb se produza mais graos e carne de boi, VIVA AO POVO BRASILEIRO, Ambientalista mentirosos de plantan uma VERGONHA.
Esses comentários contrário ao desenvolvimento do país, endossado por artistas global, claro fizeram isso provavelmente a troco de caxe, tão na deles, contrários aos comentários sem caxe, dos acadêmicos da USP, favoráveis a construção da usina de Belo Monte, fizeram baseados em dados técnicos científicos. Quando da construção da Itaipu, lia-se comentários dos mais variados e sem fundamentos, por parte talvez desses mesmos antinacionalistas contrário ao desenvolvimento do nosso país, tal como o eixo da terra iria mudar por causa do grande volume de aguá que o lago de Itaipu iria proporcionar, que a cidade de Guaíra (PR) e Mundo Novo (MS), iriam desaparecer, e etc, críticas absurdas, que nós tínhamos de ouvir e ver. Esse pessoal do Greenpeace, WWF e outras do gênero,cujo seus dirigentes, executivos de altos salários, juntamente com seus seguidores, acham que nós brasileiros somos, uns incapazes, dando pitaco na questão ambiental brasileira, quando, em seus países de origem, são totalmente omissos quanto a questão ambiental. Por exemplo na HOLANDA país sede do Greenpeace, não existem mata ciliar e nem reserva legal.Esses pseudos ambientalistas, tem posições dúbias, agem conforme interesses econômicos de seus países, de grupos ou etc, é como um pregador, pregando a palavra de Deus, muito embora, seja ateu, mesmo assim ainda acham seguidores, é uma pena, pessoas pagando pau, pra esses tipo de gente.
Quando é que os ecochatos vão parar de ter visões idiotas, histéricas, psicodélicas e pouco embasadas nos fatos científicos?
Saiam da metrópole climato-informatizada e venham viver conosco, enfrentando as agruras da vida dura do sertão (no meu caso, goiano). Assumam como nós o convívio com a natureza e aí, então, quem sabe, poderão ser mais sensatos…
Vi Itaipu nascer e ficar pronta e até hoje moro ao lado dela, foi assim, um punhado de ignorantes sobre o assunto dando palpites furados. Hoje todos eles sentem calafrios só em imaginar Itaipu desligar suas turbinas. Ô professor experimenta ficar um mês energia elétrica, sinta o que o povo do norte do Brasil sente e depois sim venha dar entrevista.
A reportagem está boa, interessante mesmo. Alguns comentários abaixo, lamentáveis!
Só engenheiro pode opinar sobre a obra? Vamos procurar no currículo universitário deles então quantos tem aulas de antropologia na faculdade, ou qual o nivel de aprofundamento em desenvolvimento social? existe um motivo para que o EIA seja feito por um conjunto de pesquisadores de diversas áreas.
Galera, empresas ampliam o capital, hj como na década de 60 sim, é assim que elas crescem, não me venham dizer que isso é argumento ultrapassado.
Poderia passar horas aqui mal falando os comentários dessa matéria, mas tenho mais o que fazer, para finalizar, gostaria apenas de lembrar que, como estudante de Engenharia Agronômica, não vim defender a vez dos historiadores, só apontar uma opinião no mínimo mal informada.
Abraços.
Engraçado como o pessoal critica o texto por ser escrito por um historiador, mas estas pessoas, em sua grande maioria, inclusive um engenheiro Mecânico, não entendem nada de eletricidade. Existe um grande potencial elétrico no país que poderia ser aproveitado com hidrelétricas de pequeno e médio porte,MAS, não são rentáveis para as grandes empreiteiras…
marina andrade uma reacinonaria inóqua.
Aos que estão comentando sobre a grande prosperidade que a usina trará para a região, sugiro que leiam e se informem antes:
http://www.istoe.com.br/reportagens/183241_A+VIOLENCIA+QUE+VEIO+COM+A+USINA?pathImagens&path&actualArea=internalPage
fala sério! Ele não disse que não pode ser construída!!!!!
vcs são ignorantes ou nnão sabem ler ou ainda pior, interpretar!
Ele falou que o atual projeto não é claro! vcs não casam de serem enganados por todos! é isso q estamos sendo, enganados com uma dita: SALVAÇÃO BM”! não é assim q a dilma vai conseguir resolver crise energética que digasse de passagem: AINDA não existe, se existisse não exportariamos energia para países visinhos, e por este serviço de exportação não ganhamos nenhum desconto nas contas superfaturadas de energia! E outra, o PARA NÂO precisa de outras hidréletricas, queremos desenvolvimento sim, mas as custas de mazelas? vamos continuar sempre sendo esse paízinho sub-desenvolvido, pq so da prioridade para os ricos, pq ao meu ver essa usina so beneficiará RICOS, e o PA não vai ganhar MERDANENHUMA! Sou paraense com orgulho, faço pós stricto-senso na unicamp. PQ antes de ser a favor, vcs não tentam construir uma opnião solida com subsidios intelectuais suficientes!
Lembrem da transposição do rio São Francisco. Seria muito mais barato, e com menor impacto, se fossem constuidos poços e cisternas em todas as comunidades necessitadas! Mas e as grandes empreiteiras? Vi em um debate no You tube, da Carta Capital, que precisaremos de grandes quantidades de energia para produzir alumínio para exportação. É sabido que no seu custo de geração, 95% é de energia elétrica… E continuamos colônia !!!
Acho que o professor tá contando história. Vamos ponto por ponto assim quem sabe eu aprendo alguma coisa. O discurso dele me parece um tanto tendencioso à esquerda e como sempre sem consistência. A ideologia que ele crê não é defeito, o defeito está no discurso mesmo. Vejamos assim:
“(…)cada projeto deve ser discutido de forma transparente, lúcida e minuciosa.” ele afirma que o projeto de Belo Monte não teve a devida discussão democrática como adoram dizer os esquerdistas e logo abaixo diz: “No período ditatorial, o debate foi bem mais restrito.” com essa afirmativa ele colocou o governo atual no mesmo patamar da ditadura.
“Existe um lobby poderoso de empresas, muitas das quais herdeiras das obras faraônicas do período ditatorial, que ampliam seu capital com base em obras públicas e semipúblicas. A pressão imediatista dessas empresas gera uma cadeia de interesses que distorce o debate político sobre as melhores opções para o manejo inteligente e integrado do território brasileiro.” De novo o professor coloca o governo atual no mesmo naipe da ditadura, afirmando que quem está no poder cede às pressões do capital empreiteiro assim como os militares também o faziam.
ao afirmar que “A imposição de projetos como Belo Monte, cujo processo de licenciamento apresenta claras lacunas e distorções, caminha na contramão da transição histórica para modelos mais sustentáveis de desenvolvimento.” o professor continua seu raciocínio apontando para um governo corrupto e ditatorial que está a serviço das elites exploradoras em busca do lucro desenfreado.
O grande problema desse pessoal metido a intelectual é que na verdade eles não sabem o que querem, ou melhor sabem sim, querem aparecer. Fazem belos discursos que se dissecados não tem nenhuma consistência. A forma é sempre a mesma atacam a ditadura e dizem de passagem que as elites ainda dominam através da força que possuem desviando a atenção para a verdade. Segundo ele próprio afirma o processo de licitação é duvidoso, existem interesses excusos por trás da construção da usina, etc, etc. Fala, fala, fala e não diz nada, falta fundamento, consistência e conhecimento de causa. Sobra uma verborragia pseudo-acadêmica que maqueia seu desejo de aparecer às custas de um fato de momento.
Seria bom ver a reação dele se o governo que ele provavelmente apóia destruísse Itaipu e fizesse renascer das águas Sete-Quedas e deixasse São Paulo no escuro.Ah tá não é como ele, ele trabalha no Rio,, São paulo se vira sozinho.
Agora vou pegar pesado: “Não apenas graves problemas ambientais e antropológicos, mas também econômicos: custos reais da construção, quantidade real de energia gerada, preço real da energia a ser vendida etc.” Primeiro, o custo da obra vai depender de quantos 30% alguns vão levar nisso. Segundo a quantidade real de energia gerada está no projeto, se há alguma dúvida, é porque os que pretendem construir a usina não são dignos de confiança, portanto não deveriam ter sido eleitos. Em que será que ele votou? Terceiro, preço da energia é fixado pelo governo federal, se há dúvidas quanto a isso talvez quem está no governo não seja digno de credibilidade, repetindo, portanto não deveria ter sido eleito. Quarto, quais são os graves problemas antropológicos levar energia e progresso a um lugar desprovido disso? Por último problemas ambientais são causados pelo homem desde que ele estabeleceu um processo civilizatório, sem o qual não haveria história e consequentemente o professor não deveria existir como tal, afinal ele é contra isso!
Tais são minhas dúvidas!
Não sei porque tanto auê. O mundo um dia vai se acabar mesmo.
Desenvolvimento econômico? A usina Belo monte vai trazer para o Pará? Vai nada! Benefícios para poucos… Sem falar da catástrofe ambiental que isso vai gerar. Isto que está acontecendo são interesses políticos e financeiros. Mostrando para o ser humano que vale mais o ter do que ser. A energia elétrica polui e qualquer ignorante sabe disso e além disso existem outros meios para obter energia, que ignorado. Não consigo acreditar que pessoas dizem “Não… isto e muito bom, vai trazer energia e os hospitais precisam de energia” hahaha para esta pessoa… A usina tem previsão para ser finalizada em meados de 2019, e até lá como fica os hospitais? Sem energia?
A energia esta acabando né? Aquela precisa de desenvolvimento né? rsrs…
A belo monte é o mesmo caso da empresa multinacional que se instalou ao norte do Paraná, onde um responsável dela, alegou com os dizeres: “Nós vamos trazer benefícios para a cidade, como empregos etc… Por esta razão, queremos isenção de impostos por um período de 50 anos…”. A verdade até aqui é que a prefeitura deu isenção por 50 anos mesmo, mas os benefícios de empregos existiu para faxineiros, motoboy, jardineiro, segurança, totalizando cerca 20 oportunidades. Mas as outras vagas como foram preenchidas? cerca de 200 vagas por pessoas com muita instrução e treinamento que vem de cidades mais ricas e capitais.
Qual o benefício para cidade afinal? Não pagar imposto? Há cerca de 200 pessoas irão movimentar o mercado regional? Apenas digo, Meu Deus do céu.
De acordo com o penúltimo senso, referente ao ano de 2000, o Brasil desperdiça 40 % da energia que produz. Isto número pouco mudou agora. Mas o que esta acontecendo afinal? Precisa-se mesmo de energia? Acredito o que precisa mesmo o ser humano é conhecimento, onde este transforma ao contrário da ignorância que o destrói.
Portanto, vivemos numa democracia onde cada um tem direito de expor o que quiser, mas tudo tem consequencia. Onde vejo que a ignorância humana esta prevalecendo.
Este projeto não vai beneficiar toda a região do Pará. Além disso, vale enfatizar a catástrofe ambiental que vai ser gerada, é importantíssimo ressaltar também que na região alagada moram pessoas por muito tempo, que tem toda uma cultura, uma história naquela região. Agora pergunto para você. Esta pessoa se adaptará em qualquer local facilmente? Você quando muda de um apartamento, casa, etc, na qual morou toda a vida, como é o outro dia? As pessoas que moram naquela região vai querer trabalhar com java na usina ou prefere pescar? Quantos ignorantes…
01. Belo Monte não é necessária. Logo é um desperdício de dinheiro.
01a. Os maiores especialistas da área energética do Brasil afirmam que o país poderia produzir mais energia do que o potencial de Belo Monte, com 1/10 do custo, simplesmente substituindo as turbinas das usinas que já existem. Como qualquer equipamento mecânico (o motor de um carro, por exemplo), essas turbinas perdem a eficiência com o desgaste pelo uso, além disso as turbinas modernas produzem mais energia, porque a tecnologia evoluiu. Se é possível produzir mais energia por um custo menor, por que você acha que o governo optou por produzir menos gastando mais?
01b. A própria equipe do governo afirma que a prioridade deveria ser a reestruturação das linhas de transmissão. A falta de qualidade desses equipamentos causa uma perda de 16% da energia gerada pelo país. O valor aceito internacionalmente é de 5% de perda. Esses 11% é muita coisa. Faça os cálculos. Por que você acha que o governo optou por não se preocupar com a perda e simplesmente gastar dinheiro para produzir mais energia?
02. Belo Monte é uma mentira. Toda a documentação de BM é fraudada.
02a. A começar pelo valor estimado. A obra foi aprovada com o valor de 4,5 bilhões. Esse era o custo que a tornaria interessante economicamente. Esse valor depois foi revisto e subiu para 26 bi, agora o governo começou a falar de 30 bi. Especialistas afirmam que essa usina não fica pronta por menos de 40 bi, por causa do custos gerados pela inacessibilidade do local. Mesmo assim, nesses valores não estão computados todos os incentivos oferecidos pelo governo à obra.
02b. Outra mentira descarada é o valor declarado do mgw/h. Por que você acha que o setor privado desistiu de financiar BM? Simplesmente porque eles sabem que os números estão adulterados.
02c. A pesquisadora Andrea Zhouri mostrou que trechos inteiros do EIA-RIMA de BM foram copiados de outras obras. Não foi feito estudo algum, simplesmente forjaram um documento.
03. Belo Monte é burrice.
03a. Belo Monte é a consequência da falta de investimento em ciência e tecnologia. O que realmente produz renda e gera qualidade de vida e IDH elevado (desenvolvimento) para um país é a produção de itens manufaturados. O Brasil segue em um caminho de produzir cada vez mais matéria prima e comodites. (Inclusive, por mais que o governo do PT tenha alcançados resultados positivos, esse é um número muito negativo: o Brasil produzia mais produtos de valor agregado na era FHC, são dados oficias, pesquise). A principal responsável pelo aumento da demanda de energia no Brasil é o setor chamado indústrias eletro-intensivas. São industrias que precisam de muita energia para produzir, a exemplo da industria de alumínio. O Brasil vende alumínio para países como o Japão e compra produtos feitos de alumínio (como esquadrias) pelo dobro do preço. Assista a um vídeo no Youtube chamado “Tucuruí a Saga de um Povo” e veja por que o Japão “deu” para o Brasil o projeto de Tucuruí. Se esses 30 bilhões fossem investidos em pesquisa, o Brasil poderia produzir esquadria de janela, chip de computador e demais produtos que realmente dão lucro a um país (desenvolvimento).
03b. Outra matéria prima que o Brasil exporta é a sílica. É com ela que são feitas as placas usadas para a geração de energia fotovoltaica. O Brasil vende sílica pra a Alemanha, que produz as placas solares (país cuja incidência média de luz solar por metro quadrado é menos de 1/5 da brasileira). Elas são caras porque são importadas; o Brasil não produz placas solares. A instalação de placas solares em residências, além de baratear o valor que o consumidor paga, geraria um excedente de energia no sistema nacional. Imagine como seria o Brasil se essas placas fossem baratas e todas as casas tivessem os telhados forrados delas? Pois é, o valor investido em BM poderia tornar isso real, mas o governo não tem interesse nessa opção, porque se o cidadão deixa de comprar energia na mão do governo, a arrecadação de impostos cai. O governo é enfático em afirmar que energia solar é cara. E ela é realmente é, mas aqui entra o “Paradoxo de Tostines”: “O Governo não investe nada em energia solar por que ela é cara, ou a energia solar é cara por que o governo não investe nada nela?”. Responda, se puder.
04. Belo monte é uma mentira e uma burrice ao mesmo tempo.
04a. O governo afirma que fez estudos e concluiu que gerar energia a partir do sol seria 5 vezes mais caro do que Belo Monte. Mas tem muita coisa por trás desse “dado” (forjado). A primeira é que o governo nunca diz se seria 5x o valor aprovado para a construção (4,5bi) ou 5x o valor que ela vai custar de verdade (32 bi ou 40 bi + incentivos). Além disso as pessoas confundem (e a fala do governo tem se aproveitado dessa confusão) energia solar fotovoltaica (geradas pelas placas) que é uma forma de energia que precisa de um altíssimo investimento inicial, mas se paga ao longo do tempo, principalmente dada a incidência solar no solo brasileiro, com energia termo solar (espelhos são usados para aquecer uma caixa d’água, cujo vapor faz funcionar as turbinas). A energia termo solar é MUITO mais barata do que a fotovoltaica, embora ainda seja mais cara do que a hidrelétrica. Mas aqui vale de novo o paradoxo já citado. O Brasil possui centros de pesquisa e pesquisadores que são referência mundial e com linhas de incentivos os cientistas brasileiros fariam esse valor cair (afinal é pra isso que servem as universidades). Os mesmos incentivos praticados para Belo Monte não são vistos nas energias limpas. O mundo inteiro está migrando para energias limpas e qualquer investimento nessa área seria aproveitado não só para gerar energia, mas também poderia dar lucro, porque o país poderia vender a tecnologia para outros países.
05. O impacto social de Belo Monte é inaceitável.
05a. 20 mil famílias vão perder o lar, e como esses pessoas tiram o sustento do rio, da agricultura de subsistência e do extrativismo, vão perder também seu ganha-pão. O governo não ofereceu ainda nenhum plano concreto para a realocação dessas pessoas. Na verdade, ninguém tem a mínima ideia do que vai acontecer com elas, mas se você assistir o vídeo no Youutube “Tucuruí A Saga de um Povo” vai ter uma prévia, afinal essa não é a primeira vez que história é contada. Imagine se o governo desapropriasse sua casa e as casas de seus familiares você iria chamar isso de “desenvolvimento”? Pelo amor de Deus! É muita ingenuidade e desinformação acreditar que uma usina hidrelétrica leva desenvolvimento a uma região.
05b. A vasão do rio Xingu nos 100 km posteriores a barragem vai ficar reduzida a 10% da atual. Essa região é habitada por 30 etnias, catalogadas pelos antropólogos, mas a própria FUNAI já afirmou que há tribos isoladas, que nunca tiveram contato com a civilização. São nações que existem dentro do Brasil. Precisa ser muito inteligente para saber o que vai acontecer com eles quando a vasão do rio for reduzida? Muitas em muitas áreas o rio vai dar lugar à poças d’água estagnadas e podres, em regiões tropicais, esse cenário é ótimo para a disseminação de doenças, principalmente transmitidas por mosquitos. (Para saber mais sobre esse tópico procure no Youtube por “Felício Pontes”.)
Concordo plenamente com você Pérsio Menezes.
Historiador da Unicamp? Vou esperar o Engenheiro de lá comentar. Até agora não vi o pessoal com conhecimento técnico ser contra. Sendo assim ainda fico em cima do muro, sem saber direito o que é certo nesse caso.
Senhor Éder, ele esta dando a opinião vista da história, e historiador tbm encontra soluções para assuntos desses, considerando que o impacto é Antropológico tbm.
Otima colocação do grande Paduá.
Falta só colocarem um engenheiro pra falar!
Éder, aqui está um estudo de especialistas (engenheiros, antropólogos, biólogos, etc) sobre a UHE Belo Monte. Eles são contra:
http://www.socioambiental.org/banco_imagens/pdfs/Belo_Monte_Painel_especialistas_EIA.pdf
Prezado Éder,
Sugiro ler os artigos e entrevistas do professor Arsênio Oswaldo Sevá, engenheiro mecanico de produção da Unicamp e Celio Bermann, que é professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP). Além disto veja a carta das associações cientificas, incluindo SBPC enviadas para a presidenta. Meu caro, tecnicamente, economicamente, ambientalmente , culturalmente e socialmente Belo Monstro e este modelo de desenvolvimento sinistro está em xeque e não é tão necessário recorrer aos universitários para perceber isto…
A ideia de que os engenheiros é que são os especialistas em matéria de impacto ambiental, humano, económico, etc. duma barragem, revela uma enorme ignorância. Uma alteração dessas no curso de um grande rio, principalmente numa floresta tropical húmida como a Amazónia, e algo de tão complexo que 20 especialidades seriam insuficientes.
Engenheiro civil percebe de cálculos de concreto e ferro, pressões e resistências, etc. Nada a ver com alterações nas comunidades humanas, qualidade das águas e do ar, migrações e habitat das espécies, custos/benefícios a todos os níveis, para além do energético, e muito mais. Tudo isto que estão fazendo com o Xingú é revoltante porque além do mais, vai contra a grande herança e as grandes lições do Brasil como país intimamente ligado à natureza, parte integrante do seu ADN histórico.