Privado: As várias faces da era digital

Privado: As várias faces da era digital
por Rayssa Micalosky Kirinus A FotoBienalMASP, que esteve em cartaz até o começo deste mês, apresentou obras de 35 artistas brasileiros e internacionais, sob a curadoria de Ricardo Resende. Essa foi a primeira edição da mostra, que pretende explorar um novo olhar sobre a linguagem fotográfica contemporânea. A exposição, que ocupou dois andares do MASP, exibiu imagens que provocam o convencional e buscam o encontro com várias faces da era digital. Havia obras de artistas, como a conceituada Marina Abramovic, e de coletivos, como o canal*MOTOBOY. Este grupo formado por doze motoboys sintetiza bem a proposta da mostra de testar a relação da fotografia com outros meios artísticos. Os integrantes do coletivo percorrem São Paulo, registrando imagens com seus celulares. Eles postam os registros na internet, em tempo real, com o intuito de criar um banco de dados multimídia. Ricardo Resende, curador da FotoBienalMASP e diretor do Centro Cultural São Paulo, defende o trabalho do coletivo como um dos mais instigantes da mostra. “Traduz bem o estágio da popularização da fotografia na sociedade contemporânea”, comenta Ricardo. “Eles não têm a intenção de fazer arte com as imagens que coletam. Mas a arte está na ação poética do olhar sincero voltado para a cidade”. A dessacralização da arte acontece graças aos avanços tecnológicos. A fusão entre a câmera e o celular aumentou o fascínio por registrar momentos em fotos. Mas se por um lado está mais fácil de produzir conteúdos, identificar a arte em meio a tanto material se tornou um

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