À margem do cinema
“Uma grande porcentagem do cinema atual se tornou mais uma aventura pessoal do que uma forma de relacionar nossas experiências individuais com o mundo”, diz Charles Burnett, cineasta independente americano e um dos homenageados do Festival Indie 2012, que exibirá uma retrospectiva de suas obras em Belo Horizonte e São Paulo neste mês.
Voltado ao cinema que caminha paralelamente à produção em massa da indústria do entretenimento, o evento traz desde marcos da cinematografia norte-americana, como O Matador de Ovelhas, de Burnett, que figura na lista das 50 obras a serem preservadas pelo Registro Nacional de Filmes dos Estados Unidos, até o longa-metragem de baixo orçamento Irmão, de Aleksey Balabanov, uma das maiores bilheterias do cinema russo pós-soviético.
Sobre a estética e os empecilhos do cinema independente, Burnett diz: “O problema é que não temos oportunidade de fazer filmes regularmente. Apenas alguns têm esse privilégio. É difícil formar uma visão ou um movimento sem o constante trabalho em cima de seus próprios princípios”.
Além de Burnett, a filmografia de Balabanov e do japonês Kazuyoshi Kumakiri ganham espaço entre os filmes contemporâneos de 19 países, em grande parte exibidos em 35mm, com destaque para Apenas o Vento, do húngaro Benedek Fliegauf, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim em 2012.
Onde: Cine Humberto Mauro e Oi Futuro - Belo Horizonte (MG), CineSESC e Cine Olido - São Paulo (SP)
Quando: 7 a 13/9 (BH), 21/9 a 4/10 (SP)
Quanto: gratuito
Info.: www.indiefestival.com.br
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