“Empoderamento das mulheres passa por conscientização”
Edição do mês
(Tomaz Silva/Agência Brasil)
Representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino fala à Cult sobre os avanços e desafios da luta pela equidade de gênero no país e destaca a importância do acesso à informação como ferramental essencial para o exercício dos direitos das mulheres.
Ela também aborda as iniciativas prioritárias do órgão, os impactos da violência racial e de gênero, e detalha como a organização tem trabalhado para transformar essa realidade, incluindo o fortalecimento de políticas de apoio e a articulação com governos, empresas e sociedade civil. “Se uma determinada política é bem formulada, tem o orçamento adequado e responde às necessidades das mulheres, responde não só a elas. Todo mundo sai ganhando”, diz Querino.
Ana Paula Brancaleoni, Camila Prandini prandini, Daniel Kupermann e Márcia Tiburi
“A ONU Mulheres foi criada há 15 anos. Certamente há avanços a partir das lutas, mas há também retrocessos em escala mundial no que concerne ao reconhecimento de direitos. No Brasil não é diferente. Como a senhora avalia o nosso cenário?
Nenhum país no mundo alcançou a igualdade. No Brasil, temos desafios enormes relacionados ao fato de estarmos em um país continental e diverso, seja em termos regionais, seja em termos de identidade étnico-racial. Quando olhamos os índices globais de igualdade de gênero produzidos pelo Fórum Econômico Mundial, por exemplo, o Brasil aparecia na septuagésima posição em 2024, sendo o principal problema a baixa representatividade de mulheres em postos de liderança. No Parlamento, te
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