“Ela não está mais aqui”: Beatriz Milano e a lei municipal que leva o seu nome
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Fernando Veríssimo de Carvalho e minha irmã, Beatriz Nuala Soares Milano, se conheceram na internet em janeiro de 2018. Na época, recém-formado médico, Fernando, com 27 anos, trabalhava em um posto de saúde do SUS no litoral do estado de São Paulo e residia na praia do Gonzaga, no Guarujá. Beatriz, ou Bia, como a chamávamos, morava na Praia Grande e trabalhava em Cubatão como médica veterinária especializada em logística de alimentos. Soube que o relacionamento deles evoluía quando passei uns dias hospedada na casa da minha irmã, em março daquele ano, quando tive a oportunidade de conhecer Fernando sem imaginar o que estava por vir meses depois.
Pouco depois, viajei ao Piauí para uma residência artística; em 17 de maio, dia do seu aniversário de 27 anos, Bia e eu conversamos bastante por telefone. Ela me contou que estava em uma relação complicada, sem, contudo, entrar em maiores detalhes além de dizer que, às vezes, Fernando era estranho. Em agosto de 2018, Bia foi promovida de cargo na empresa em que trabalhava para uma outra cidade, Rondonópolis, no interior do Mato Grosso. Enquanto preparava a mudança para uma nova fase de vida, descobriu que estava grávida. À nossa mãe, que já começava a planejar o enxoval com suas incríveis habilidades manuais, Beatriz confidenciou que tinha dúvidas se devia contar sobre a gravidez para Fernando, pois ele bebia muito e era ciumento. Ela desejava se separar dele. Depois de alguns dias, decidiu, enfim, contar sobre a gravidez. Até aquele momento, Fernando dizia sonhar em ser pai, e ela acre
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