O pensamento filosófico negro entre Áfricas e Brasis

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O pensamento filosófico negro entre Áfricas e Brasis
O Filósofo Sul-Africano Mogobe Ramose (Divulgação)
  As filosofias africanas, nas últimas décadas, têm se estabelecido como um campo de conhecimento em expansão no cenário filosófico global. Longe de ser uma área marginal, ela apresenta ferramentas conceituais e abordagens que contribuem significativamente para a compreensão dos desafios contemporâneos. Sua relevância reflete uma reorientação em relação a narrativas exclusivamente centradas na experiência cultural ocidental que, por muito tempo, questionaram a existência de um pensamento filosófico africano ou o categorizaram de forma restrita. Se, em meados do século passado, em função de recepções europeias, uma das principais discussões em torno das filosofias africanas era sobre sua existência ou inexistência, hoje – em que pese elas continuarem não compondo o cânone da formação de filósofos e filósofas em grande parte do mundo – há mais interesse em entender sua diversidade e interação com as demais tradições filosóficas do mundo. Muitas vezes hospedadas em centros, departamentos ou núcleos voltados a estudos africanos, as filosofias africanas têm sido estudadas, debatidas e difundidas nos cinco continentes e em renomadas universidades internacionais, como Harvard, Temple, CUNY, Stanford, Cambridge, Oxford, Humboldt, Leiden, CNRS, Kyoto, UWA, para citar apenas algumas das instituições respeitadas pelo desenvolvimento de pesquisas entendidas como relevantes para o campo filosófico internacional. O Brasil, ainda de maneira tímida e muitas vezes refratária, tem se inserido com atraso no debate sobre as filosofias afr

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