Manifesto nazista de Hitler ganhará reedição

Manifesto nazista de Hitler ganhará reedição

“Mein Kampf” (Minha Luta), o manifesto da ideologia nazista de Adolf Hitler, de 1924, estará de volta às bibliotecas alemãs com nova edição comentada. Desde 1945, a obra não era reeditada na Alemanha.

Em 2015, com os 70 anos da morte de Hitler, expiram os direitos autorais da obra. As autoridades da Baviera, um dos 16 Estado da Alemanha, decidiram então garantir uma reedição do livro, que ao contrário da suástica e a saudação nazista em público, não é proibido no país.

O sinal verde para a publicação partiu também de grupos judaicos, incluindo os sobreviventes dos campos de concentração.

Em ocasiões passadas, a utilização de trechos do livro já havia sido vetada pelas autoridades da Baviera, que detém os direitos da obra, como no caso em que o editor britânico Peter McGee tentou utilizar trechos do mesmo em uma revista. Porém, próximo da data de expiração dos direitos, o ministro das Finanças da Baviera, Markus Soeder, reconsiderou a questão da publicação da obra para, em suas palavras, não só “desmistificar o ‘Mein Krampf’ “ como “evitar que, uma vez liberados os direitos autorais, a obra possa tornar-se monopólio de extremistas de direita, ou pior, a leitura preferida dos jovens alemães”.

“Queremos que todas as questões  expressem com grande clareza o absurdo que está contido nesse texto, que trouxe consequências fatais para a humanidade”, disse Soede à imprensa.

O trabalho de impressão em várias versões, incluindo e-books, custará 500 mil euros. A edição trará anotações de acadêmicos e supervisão de peritos escolhidos pelo Estado da Baviera.

Em sua obra, escrita enquanto servia 9 meses de prisão pela tentativa de golpe em Munique, Hitler descreve sua convicção da supremacia da raça ariana e revela os seus planos de expansão da Alemanha para o leste. Originalmente publicada em dois volumes, em 1925 e 1926, o livro foi impresso com uma tiragem de cerca de 10 milhões de cópias até 1945.

Sobre o livro nazista, Dieter Graumann, Presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, afirma: “Eu prefiro que seja uma versão escrita por especialistas, escolhidos pelo Estado da Baviera, ao invés de especuladores que querem ganhar dinheiro com os nazistas. Embora, obviamente, eu preferisse que o livro desaparecesse sob uma pilha de pó de desprezo, mas eu sei que isso não vai acontecer”.

(7) Comentários

  1. Deve-se em primeiro lugar lembrar-se que hitler não era alemão, e que o que êle dizia era exatamente o que os alemães queriam ouvir, pois estavam em copndições de pós guerra ´perdida, com dívidas enormes, passando grande fome. Assim é fácil escrever qualquer coisa!!!

  2. Creio que proibir é estar alinhado com o absurdo do absolutismo. Quando somos detentores do poder de permitir ou proibir, devemos sempre respeitar os direitos das pessoas, mesmo que sejamos contrários.
    Que seja publicado e que havendo quem o deseje como leitura, por admirar ou ter curiosidade, possa satisfazer-se.
    É um erro lamentável imaginar que todos devamos ser partidários das mesmas convicções, o que precisamos é conviver com as diferenças e encontrar preciosos ensinamentos nelas, principalmente de respeito.

  3. Dickson, Hitler era austríaco, e se você conhecer a história da unificação alemã saberá que a Áustria tem muito requisitos culturais e de população similares aos alemães, porém por interesses políticos e guerras perdidas e a rivalidade com a Prússia ficou de fora da unificação. Os austríacos são um povo germânico que pelas curvas da história não está situado no estado federal alemão, pode até soar errado, mas simplificando, austríacos são alemães também, só que com um outro estado nacional

  4. Por que sempre que leio algo sobre Hitler e a guerra, o discurso é sempre demonizando um lado somente…parece que a guerra teve somente um monstro…Hitler…eu estranho muito isso e acredito que a história esta sendo contada mais uma vez pelos vencedores…
    Essa imparcialidade também acontece na maioria dos filmes sobre assunto…
    Como já dizia um velho ditado…A única certeza que tenho em uma guerra, é de que a verdade e a primeira a desaparecer..
    Tais

  5. Muito boa essa de passar fome etc etc alemães só pararam de colaborar com o nazismo quando a guerra estava perdida,povo alemão foi o responsavel pelo nazismo,o resto é conversa fiada.

  6. Eu acho que o livro deve ser publicado para que possa atender estudantes, estudiosos e especilistas no assunto. Quanto mais conhecimento, melhor para conhecermos de verdade o que foi o Nazismo.

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