Estante: Eliana Alves Cruz, Valêncio Xavier, Antonin Artaud

Estante: Eliana Alves Cruz, Valêncio Xavier, Antonin Artaud
A jornalista e escritora Eiana Alves Cruz, que lança o romance "Nada digo de ti, que em ti não veja" (Foto: Divulgação)

 

Toda quinta-feira, uma seleção de lançamentos literários curados pela Cult


Nada digo de ti, que em ti não veja, Eliana Alves Cruz
Pallas. 200 páginas – R$ 43

O terceiro romance da jornalista, escritora e produtora cultural Eliana Alves Cruz se passa no Rio de Janeiro de 1732 e se baseia nas pesquisas históricas da autora, que também marcam seus primeiros livros, Água de barrela (2016) e O crime do Cais do Valongo (2018). Em Nada digo de ti, que em ti não veja, Cruz cria uma trama intrincada que tem como pano de fundo a exploração do ouro em Minas Gerais e como ponto de partida o romance entre Vitória, uma mulher negra transexual, e o burguês Felipe Gama.

Textos surrealistas, Antonin Artaud
Moinhos. Tradução: Olivier Dravet Xavier. 104 páginas – R$ 42,50

Nesta coletânea estão reunidos textos publicados no período de quatro anos, entre 1924 e 1928, por Antonin Artaud (1896-1948), em revistas e panfletos da época, nos quais ele dialoga com os surrealistas franceses. São escritos marcados pela crítica à racionalidade europeia e pelo desejo de acessar outros modos de expressão do espírito. Poeta, ator, roteirista e diretor de teatro, Artaud foi um dos artistas mais conhecidos da França. Dele, a editora Moinhos também lança Os Tarahumaras, dentro da Coleção Artaud.

O mez da grippe, Valêncio Xavier
Arte e Letra. 76 páginas – R$ 42

Após 22 anos fora de catálogo, esse clássico de Valêncio Xavier (1933-2008) volta às livrarias pela editora paranaense Arte e Letra. Na obra, o escritor paulistano narra o surto de gripe espanhola na cidade de Curitiba em 1918 a partir de fragmentos recolhidos da imprensa, publicidade, fotografia, música e de depoimentos de sobreviventes. Originalmente publicado em 1981, o livro ganhou interesse renovado com a pandemia do novo coronavírus e chegou a desaparecer dos sebos pelo país.

Machado de Assis – intérprete da sociedade brasileira. Org.: Juracy Assmann Saraiva e Regina Zilberman
Zouk. 328 páginas – R$ 49,50

Este livro é resultado dos estudos do grupo de pesquisa Ficção de Machado de Assis: sistema poético e contexto, do Programa de Pós Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). São 21 autores que refletem criticamente sobre as reflexões filosóficas e as críticas sociais na produção literária de Machado – que inclui contos, crônicas e romances. Também aparecem temas como a atuação do escritor na imprensa, a tradução e a recepção hispano-americana dos seus romances e a sua relação com o mercado editorial de maneira geral.

Como ser antirracista, Ibram X.Kendi
Alta Books. 320 páginas – R$54,90

“O batimento cardíaco do racismo é a negação”. Historiador e diretor-fundador do Antiracist Research and Policy Center na American University., Ibram X.Kendi leva os leitores por um amplo círculo de ideias antirracistas desde os conceitos mais básicos, a fim de expor com clareza todas as formas de racismo e suas consequências. “O único meio de eliminar o racismo é identificá-lo e descrevê-lo com consistência – e então derrubá-lo”, escreve.


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