Celebrando Nelson Rodrigues

Celebrando Nelson Rodrigues

Com o intuito de promover um tributo a Nelson Rodrigues (1912-1980), a Cinemateca Brasileira exibe, até 12 deste mês, adaptações cinematográficas de peças e folhetins em homenagem aos 30 anos da morte do dramaturgo. Mesmo sem abranger todos os filmes inspirados na obra de Nelson, a seleção se divide em produções consagradas pela crítica e títulos menos lembrados, que mostram diferentes olhares sobre a obra rodriguiana.

30 anos sem Nelson Rodrigues começa hoje, com duas sessões, às 18:30 e 20:30, respectivamente: Meu Destino é Pecar (1952), de Manuel Peluffo, primeira adaptação dos textos de Nelson Rodrigues, e Bonitinha, mas ordinária (1963), dirigido por J.P. de Carvalho e considerado uma raridade. Destaca-se também a produção dirigida por Arnaldo Jabor: Toda Nudez será castigada (1973), vencedora do Urso de Prata do Festival de Berlim de 1973 e um dos títulos que encerra o ciclo de exibições.

Também fazem parte da programação O Beijo (1965), de Flávio Tambelinni, Engraçadinha depois dos 30 (1966), de J. B. Tanko e A Falecida (1965), de Leon Hirszman. Serão exibidos dois filmes por dia.

Onde: Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
Quando:  até dia 12, de segunda a domingo.
Quanto: R$ 8; R$ 4 (meia-entrada). A entrada de estudantes do Ensino Fundamental e Médio é franca mediante apresentação de carteirinha
Info.:3512-6111 (ramal 215), http://www.cinemateca.gov.br

(2) Comentários

  1. NELSON ATUAL – Nelson Rodrigues expos o lado negro dos costumes à época… Hoje andamos em passos mais rápidos, mas ele teve a coragem de explorar a alma humana (guardadas as devidas proporções, assim como o fez Machado de Assis) e trazer à tona esse turbilhão de fatos (a ficção, nesse caso, mescla-se com a realidade). Sempre será bem-vinda a comemoração desse contraditório porém fiel a si mesmo (e sua melhor tradução) Nelson…Ao expor as feridas da sociedade hipócrita ele regata certa dignidade. O vulgar, o vil e sua dignidade perante o “ator” social e sua pretensa capa de decência… Além de ser uma literatura (tanto no teatro como em crônicas) de peso, forte, só mesmo comparável em ousadia ao nosso intrépido dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999)…

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