Visão crepuscular da beleza Welington Andrade
Eis a grande qualidade do espetáculo: envolver o espectador pelas vias da percepção, da imaginação, da intuição, do estágio pré-conceitual, quando a lógica ainda não é capaz de tiranizar a inteligência
A derme do teatro Welington Andrade
No espetáculo, a pele dos corpos dos intérpretes é a pura presentificação da beleza, da destreza, da resiliência e da dor
Presença de Zé Celso Welington Andrade
Morto no último dia 6 de julho, José Celso Martinez Corrêa faz parte daquele grupo de artistas e pensadores cuja obra, ubíqua, sempre contrariou as disposições do tempo
Escuta, Zé-Todo-Mundo Welington Andrade
Zé, você foi o artista de teatro que eu mais amei na vida. E de que outras coisas essenciais fala a arte da cena senão da amorosidade que há em tudo?
A dimensão perdida Welington Andrade
Emulando a filosofia de Jean-Paul Sartre, “Gagarin way” trata do enfado diante do mundo como uma experiência fundadora, ao revelar ao homem o ser como gratuidade ou pura indiferença
Dos filhos desse Sítio Welington Andrade
Agropeça abre uma fresta na rememoração afetiva da infância que é o Sítio do Picapau Amarelo e a escancara, convertendo-a em uma janela sinistra, através da qual se revolve o solo do sítio a fim de não propriamente escavar o húmus, e, sim, remexer no esterco.
A força de uma obra bem-sucedida Irineu Franco Perpetuo
Quando a música tem real qualidade supera não só a qualidade muitas vezes duvidosa dos versos cantados, como ainda uma encenação hostil a ela
“O jardim – quase um oceano” Welington Andrade
“Um jardim para educar as bestas” precipita-se do ambiente da palavra literária para a cena – ritualisticamente instaurada, mas, pela via da ambivalência, sem fazer muita cerimônia
entrevista | O sonho como modo de fazer política e como estado de criação Welington Andrade
Exu, senhor das artes cênicas, encontra-se com um xamã yanomami
Infância como “sinônimo da míngua” Welington Andrade
“Infância”, espetáculo baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos, constitui uma experiência em que lirismo e lucidez se enlaçam a fim de não somente falar das agruras de uma criança de outrora, como também de estender tal experiência subjetiva ao âmbito da vida coletiva