Ocupe – Desocupe

Ocupe – Desocupe

A mobilização política que se iniciou na Tunísia e se espalhou como um rastilho pelo mundo em 2011 é tema do livro Occupy – Movimentos de Protesto Que Tomaram as Ruas, que, condizente com a proposta do movimento que dá título ao livro, será vendido a preço de custo.

Para isso, todos os autores cederam os direitos autorais sobre seus textos. Entre eles, estão o filósofo esloveno Slavoj Zizek, o geógrafo britânico David Harvey, o historiador americano Mike Davis e o escritor paquistanês Tariq Ali, além de autores brasileiros como o sociólogo Emir Sader.

A obra analisa a história e os desdobramentos do movimento que, através da força das ruas, derrubou ditaduras no Norte da África e se espalhou pelo Ocidente.

O livro será lançado no Espaço Revista CULT (R. Inácio Pereira da Rocha, 400, SP, tel. 011 3032-2800) hoje, em debate com o colunista da CULT Vladimir Safatle, o filósofo Edson Teles e o cientista social Giovanni Alves.

Occupy – Movimentos de Protesto Que Tomaram as Ruas
Vários autores
Boitempo
88 págs.
R$ 10

(1) Comentário

  1. A OCUPAÇÃO COMO PROTESTO – O movimento “Occupy” lembra muito outro movimento, o “Okupa” (“sqat” em inglês), ainda mais radical pois não só “toma” as ruas, ocupa de fato prédio abandonados e protesta de forma mais pacífica, contudo, a presença deles já é ato de força. Conversam com os vizinhos, se tudo bem, formam espécie de comunidade e promovem festas (raves) e vendem bebida para arrecadar dinheiro para a manutenção. Também pintam o local e expõe artistas locais como galeria alternativa, a baixo custo. A ideia é criar áreas de socialização e vivência, não apenas ocupar para protesto, mas criar o ambiente cultural no local abandonado, geralmente nas áreas urbanas, socializando – também – a despesa do grupo. É o espeço coletivizado. E protestam contra certas medidas que afetam a vida das cidades, dos bairros, não diretamente contra ações das grandes corporações ou instituições financeiras. Talvez os “occupy”, seguindo a tendência dos movimentos sociais, desapareçam dando a vez para os “ocupa”. Com o mundo em transformação, as empresas que produziam seus produtos na China, Hong-Kong, estão voltando para os EUA, ainda há que esperar para se ter noção do quadro mundial.

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