Mudança de curso

Mudança de curso
(Arte Andreia Freire)
  “Hoje eu vou contar pra vocês a história do Museu Nacional.” No mês do incêndio que destruiu a mais antiga instituição científica do Brasil, a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz deu início ao seu próprio espaço de “descoberta e democratização da história” no YouTube, o Canal da Líli. De lá pra cá, tem usado a plataforma para oferecer dados, documentos, referências e contexto para assuntos que brotam do noticiário e se multiplicam cheios de ruído por feeds e timelines. “Estamos vivendo um momento em que as redes sociais têm um papel imenso na formação dos brasileiros”, afirma. “Venho acreditando – e isso ficou mais claro depois das últimas eleições – que é preciso que acadêmicos, pesquisadores, intelectuais e historiadores tomem um lugar na cena pública para ajudar na formação desse grupo leitor que escolheu as redes sociais como uma forma de se posicionar no debate.” E eles são muitos: 140 milhões – 66% da população brasileira – é usuária de mídias sociais, segundo o mais recente relatório Global Digital Report sobre o uso da internet no mundo. A pesquisa revela que o brasileiro passa em média nove horas por dia conectado, cerca de três delas checando suas redes, outras três assistindo a vídeos. O YouTube é o site que mais capta a atenção dos brasileiros (22m28s, em média, por visita) e é a rede social mais citada pela população com acesso à internet (95%). Não por acaso, acadêmicos e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento vêm se colocando na plataforma, na te

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