A tragédia eleitoral do antipetismo

A tragédia eleitoral do antipetismo
O antipetismo hard é usado para sustentar a decisão eleitoral pelo bolsonarismo (Arte Revista CULT)
  Mentalidades movem a massa e decidem eleições. O professor Juremir Machado (PUC-RS) escreveu há poucas semanas que “Jair Bolsonaro não é um candidato como outro qualquer. É pior. Ele é um imaginário, uma mentalidade, uma visão de mundo”. É por aí. Na verdade, acho que o bolsonarismo é uma mentalidade, Jair Bolsonaro é o seu meio, canal e plataforma. Antes dele, esta mentalidade vinha se formando por aglutinação de vários tipos de materiais – homofobia, reacionarismo, fundamentalismo religioso, sentimento antipolítica, autoritarismo, dentre outros – e andou apostando em outros cavalos, como Marco Feliciano em 2013 e Eduardo Cunha em 2015 e 2016. Não tivesse Cunha sido preso e morto politicamente, há exatos dois anos, é muito provável que hoje estivéssemos falando de cunhismo e não de bolsonarismo. Mas o grande protagonista político destes anos, por mais paradoxal que pareça, não é Bolsonaro. É o antipetismo. O antipetismo também é uma mentalidade, um imaginário político, um sentimento coletivo e um conjunto de convicções. Já expliquei o antipetismo algumas vezes, deixem-me esclarecer uma vez mais. O antipetismo não é a posição dos que preferem outros partidos ao PT nem caracteriza quem tem diferenças com ou faz reiteradamente críticas ao Partido dos Trabalhadores. O antipetismo é o sentimento e a mentalidade dos que detestam o PT, odeiam tudo o que a ele se relaciona, abominam tudo o que ele representa. O antipetista típico atribui ao PT tudo o que considera detestável na vida pública e assume como missão mor

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